Por Mendes Mutenda
De recordar que o programa arrancou pela primeira vez em 2005, tendo contado com a participação de mais de 750 jovens de todo o país. No ano seguinte, em 2006, o “Faces” tornou-se ainda maior e melhor, pois o número de participantes subiu para mais de 950 inscrições, oferecendo-se melhores prémios, maior participação de estilistas e maior acesso à informação sobre o programa, através de um website, jornal, televisão e rádio. Neste ano espera-se a participação de mais concorrentes.
Contudo, este “ping-pong” está a causar desanimo na aprendizagem destes estudantes, principalmente na produção do jornal “O Final”, que constitui um dos instrumentos de avaliação.
Está cada vez mais claro que muitos de nós só usamos o relógio para determinar as horas do inicio de uma determinada cerimónia, ou mesmo um encontro, mas a sua aplicabilidade com rigor, no nosso país, parece que ainda estamos longe, até que com um pouco de sorte o Presidente da República, Armando Guebuza que, diga-se, é pontual. Mesmo assim, com o esforço empreendido na Presidência da República esperava-se que os seus colaboradores ministros, directores nacionais, das escolas e outros não seguem o mesmo exemplo. Para que não sejamos considerados de vazios vamos de a partir de já trabalhar caso à caso. 1 – Foi com muita tristeza, isto, na abertura do ano académico da Escola Superior de jornalismo, um evento marcado para inicio às 10 horas, para ter que iniciar as 11 horas e dois minutos e para a justificativa de sempre nas cerimónias em que esta nossa “cultura” de atraso ocorre – “Pedimos as nossas sinceras desculpas pelo ligeiro atraso”, fim da argumentação. Para este caso especifico perguntamos e se possível posterior esclarecimentos dentro das nossas aulas da Língua Portuguesa, seja do primeiro ao terceiro ano: quando é que se diz um atraso ou um ligeiro atraso? Não nos achem mal é apenas uma curiosidade. Independentemente da vontade ou não da resposta, foi possível notar as manobras do “pôs-atraso”. A Professora da Língua Portuguesa, Carol Banze foi mesmo obrigada a ter que repetir vezes sem conta a palavra a seguir, (a seguir...) “depois do disto vamos a seguir.... e a seguir...”, tudo porque tudo já tinha-se perdido a noção tempo, ou seja, o programa continha as respectivas horas a cada intervenção. É só um reparo. 2 – Outra coisa que também precisa-se trabalhar com o Sol ao invés de Relógio tem haver com o tempo pelo qual os estudantes do Terceiro Ano de Jornalismo, estar a espera de um computador para as suas aulas práticas desde o inicio do ano e que em termos de tempo vê-se claramente que estamos, mais uma vez a favor do uso de outras determinantes de tempo que os meses, semanas e dia. Questiona-se: como é que alguém diz a viva voz como de calendário político se tratasse, “vamos resolver os vossos problemas gradualmente e futuramente vocês terão coisas melhores que as que têm hoje”, para ao fim de um mês, um ano ainda estarmos no mesmo espaço? Caricato não é? São coisas nossas e nós moçambicanos somos mesmo a solução. 3 – Só em jeito de notas soltas até porque há muita informação em jogo, uma vez que estamos a falar do cumprimento dos horários. Na Festa da recepção dos caloiros, a “Pare” estava marcada para o inicio as 15 horas e 30 e termino por volta das 17 horas, a mesma teve o começo tardiamente e com “comeretes” e beberetes a serem servidos perto das 21 horas.
Contudo, a directora garantiu que já foi lançado um concurso publico , onde há muitos concorrentes e como os alunos vão de ferias por sete dias, a partir da próxima segunda feira, ela acredita que ate ao retorno das aulas a cantina já estará reaberta com uma nova gerência.(
Por João Chicote
A cerimónia de abertura do ano lectivo na UEM, serviu igualmente para a renovação de energia e afirmação do papel da cidadania nas diversas esferas do país, ao mesmo tempo a consagração do 2009 como ano Eduardo Mondlane, de modo a inspirar nos estudantes os feitos do arquitecto da Unidade Nacional.
Por Ferdavio David
Dados recolhidos pelo ABC indicam que o financiamento no área de investigação é de aproximadamente 750 mil USD para o primeiro ano de acção, desde então tem se verificado um significativo aumento de fundos por parte dos doadores internacionais neste ramo em Moçambique.
Por Mendes Mutenda
Contudo, Carlos Machili muitos jornalistas caem neste erro de serem detentores da verdade, pois confundem aquilo que é opinião de cada um com à verdade. “Confundir opinião e a verdade é um erro grave que merece uma nota de ‘zero sobre vinte’ ao que se elegem como autos da verdade”, atribui Machili, tendo acrescentado que esta prática, constitui um equívoco que abre um debate sobre a responsabilidade profissional na comunicação, um ambíguo que provoca enormes discurso sobre a ética e deontologia profissional do jornalista.
O Instituto Cultural Moçambique-Alemanha, ICMA realizou recentemente, em Maputo, um evento subordinado ao tema “Já não há cartas de amor” com vista desenvolver um intercâmbio socio-cultural, reflectir acerca da escrita e recuperar o gosto pelas cartas de amor entre os artistas e amantes da poesia do nosso país.
Para além do recital da poesia, o evento foi coroado pelo canto do qual, o amor foi o fundo temático. Participaram ainda, artistas provenientes de diversas parcelas do mundo como é o caso da África do Sul, Ruanda e Argentina. De referir que, o evento enquadrava-se nas comemorações do dia internacional da poesia assinalado a 22 de Março.
De acordo com Felling Kappela, o mestre de cerimónias, a iniciativa visa entre vários aspectos. “Interagir os artistas de grande gabarito com os mais novos já que teremos a presença do escritor Calane da Silva e do músico Roberto Chitsondzo”, sustentou.
Kappela reconhece que recuperar na sociedade o gosto pela escrita de cartas de amor, não é tarefa fácil, já que temos actualmente o telemóvel e a internet que reduzem a nada a tradicional carta manuscrita. Porém, é um exercício que devemos fazê-lo continuamente.
Em conversa com a nossa Reportagem Mpho Molao poetisa da África de Sul classifica de boa a experiência da interacção com Moçambique uma vez que nas suas palavras “os moçambicanos são pessoas muito tradicionais”.
Quem não se ausentou do evento, foi a Associação dos Estudantes da Faculdade de Medicina, que também fez passear a classe dos seus poetas, emocionando aos presentes. De referir que esta agremiação foi fundada no ano passado com o objectivo de preencher a lacuna literária que se fazia presente naquela instituição de ensino superior.
Entretanto, Calane da Silva e Roberto Chitsondzo fecharam em apoteose numa simples combinação do recital com o som acústico produzido com esmero pelo segundo. Na sua intervenção Calane da Silva não deixou de vangloriar o trabalho literário realizado pelos jovens, devido a excelência do conteúdo dos seus textos. Fê-lo recordar ainda os tempos mais recuados em que junto dos companheiros José Craveirinha, Noémia de Sousa entre outros faziam suas criações literárias nos subúrbios.
“Valeu a pena ter feito poesia nos subúrbios, pois há gente hoje que a valoriza”, disse Calane, para num outro desenvolvimento declamar “Mãe Negra”, um poema por si criado aos 15 anos que ao apresentá-lo a mãe esta, o aconselhou a não dize-lo em público sob pena de ser preso pelos colonos acusado de revolucionário.
Opinião contrária a do Calane, não é a expressa por Chitsondzo que diz ter-se recordado do passado como se do momento em que falava se tratasse, para depois cantar-nos alguns temas clássicos seus e recitar poemas de amor de Marcelino Vasconcelos.