Quinta-feira, 16 de Abril de 2009
Por Mendes Mutenda
O nascimento do jornalismo é o inicio da libertação do homem, uma vez que é a partir desde ponto que o cidadão começa a debater os assuntos em diversos pontos, sem no entanto, reservas perante as autoridades supremas, afirmou na oração de sapiência, Carlos Machili, a quem deu as primeiras palavras de sabedoria aos estudantes na cerimónia de abertura do ano académico da Escola Superior de Jornalismo, uma instituição que começou a operar, este ano, na cidade de Maputo.
De acordo com o orador, Carlos Machili, a partir daquele momento, o rei passou a estar nu, uma vez que todas a suas acções, consideradas indiscutíveis, desta camada social, já passavam a serem propaladas na rua. “É neste momento que o rei passa a andar nu, não como maluco, mas como um indivíduo que não tinha nada por ser coberto”, precisou Machili.
Numa cerimónia com o lema “o jornalismo como produtor do conhecimento”, o orador Carlos Machili disse que o jornalismo é profissão de percepção, de reflexão imediata e de formulação de opiniões que são disseminadas e motiva constantemente o leitor para às aprofundar dai que o jornalista diz “o facto está ai aprofunda-o”.
Nesta perspectiva, Carlos Machili questiona a posição de certos jornalista que dizem que fazem o jornalismo através da verdade “jornalismo igual a verdade”, pois, na sua analise, em que momento jornalista analisa se este facto constitui uma verdade ou não. “Não compreendo até que ponto diz-se isso, como é possível? Acabou de me entrevistar e chega ao jornal pública. Quanto tempo analisou que o que falei constitui a verdade?”, questionou Machili.
Contudo, Carlos Machili muitos jornalistas caem neste erro de serem detentores da verdade, pois confundem aquilo que é opinião de cada um com à verdade. “Confundir opinião e a verdade é um erro grave que merece uma nota de ‘zero sobre vinte’ ao que se elegem como autos da verdade”, atribui Machili, tendo acrescentado que esta prática, constitui um equívoco que abre um debate sobre a responsabilidade profissional na comunicação, um ambíguo que provoca enormes discurso sobre a ética e deontologia profissional do jornalista.